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Mostrando postagens de fevereiro, 2009

Esperança Alimentada

Procuro um amor Alguém pra sentir Pra compartilhar Alguém além da palavra Do sentimento do ser Alguém pra dividir o sexo A sexualidade A sensibilidade de amar Um amor inesperado Alguém que se preenche a vida Alguém que não me vire ao contrario com traição Alguém que me ame viver Alguém que viva pra viver comigo Alguém além do propósito Além da fala E da alma Alguém como você não é.

Me recuso...

Me recuso a seguir as ordens desse povo Que não sabe o que é liberdade E prende o corpo e a alma dos outros. Não podemos aturar esse afronto. Não basta mandarem inconscientemente Querem pôr um muro na nossa vontade Quero sair! Quero vencer o domínio! (...) Quero que todos aqueles que mandaram Morra! Morra pra não voltar. Quero a liberdade na cabeça, no corpo, Na alma e na palavra. (...)

Mentir ou não mentir

Mentir ou não mentir? Eis a abstenção. Você já mentiu? Eu não. Talvez eu minta para mim mesma Descaradamente Talvez necessite de ajuda Para falar a verdade Pior seria se eu dissesse Que estou viva e lúcida Graças a la vida Me sinto morta. Tudo está acabado Nada existe diante do nada Não tenho o que reconstruir A não ser o meu sinismo. Eu sou egoísta? Não sei. Mentem para mim descaradamente E eu não Talvez eu não precise De nenhum conserto externo Talvez um amor me dê Algum tipo de conserto Vai a chuva e suas nuvens Vai o sol e nossas alegrias. Vai um pedaço de mim No seu triste sorriso alegre Não chorre, ele voltará E assim tu veras como ele Te ama. É vero! Se ele vai viajar, Viaje com ele. Se ele não ligar pra você Tudo bem Nem por isso deixe de sorrir Eu estou aqui e mereço Assim como ele Um pouco do seu sorriso Basta um dia, Só um dia para tudo começar Mas se eu começar você... ...você irá terminar? Acabe comigo já Porque eu fugi do tema Não admito a incompetência De deixarem me per

O que tem sido a vida

A vida tem sido assim tão remota, apressada, mortífera. Tudo mata hoje em dia. Balas doces que se transformam em açucares acumulados no lugar errado ...cortantes balas que atravessam nossas crianças negras nas casas de maderite empilhadas nas periferias. A vida de nós mulheres negras tem sido mais que tripla tem sido a vida e a morte de tudo de muitos mas lutamos para vivermos até onde pode até onde o sorriso de minha mãe por ter meio século de existência pode chegar e inspirar as outras mulheres negras da família. tudo é muito distante... numa correnteza tão rápida que nem conseguimos ver nossos erros escorrerem. A vida é um imaginário real. a vida tem sido nossos sonhos pelo avesso filmados pelas mãos das mentes sem perspectivas na versão boa de nossa Diáspora. A vida tem sido nossas sucessivas mortes. Quando faremos para que ela não seja mais?

Rastafary man, Dube

Grande fé e luta! Não se fariam presentes Se não fosse seu canto Cantou nosso sofrimento e nossos sonhos E em cada canto deste mundo Nós, irmãs e irmãos nos encontramos Em nosso doce e resistente colo. Prisioner, prisioneiros somos Mas o desejo de pulverizar este sistema Fez com que muitas casas O tivesse como mensageiro, pai. Minha família hoje canta a sua ida, Lucky. Não existe guarita. Deve existir? E no respeito apertado em nosso povo Minha família, sua família Nossa África recanta irmãos: Peter Toshy, Bill Holliday, Bob Marley, Felá Kuti, Rastafary man, Lucky Dube.

A lei

Nunca vi nada mais medonho, Mais estrondoso, Mais feroz, A lei da sobrevivência. Animais com instintos e destinos Na reviravolta do ciclo, Na mordida feroz, Na garra que fere, No último ato. No último miado... A expressão recaída, sem brilho. Definhando e horrorizando o ar. Ninguém olha o lado ferido; Ninguém olha o lado marcado; Todos só reparavam o fim, o depois; Todos só reparavam termino. Ninguém defende Protesto essa lei Ninguém defende Somos todos reféns Ninguém defende Mesmo na vida urbana Mesmo em Luanda Diariamente... Isso ocorre.

Poesia de Escada

Ao cativante Marilton Nascimento No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Antes fosse a pedra dos rins de Leila, pobre menina! Morreu tão jovem cuja culpa foi ter morado por 23 anos Comendo poeira e dormindo dias a fio Sem beber um copo de água pela falta da gota nas periferias. No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Era a chuva de balas queimantes Em plena meia noite no final de linha da favela. Jorge, homem alto, “moreno”, 17 anos, trajes suspeitos Tropeçou na pedra ao voltar do trampo. No meio do caminho tinha uma rocha Tinha uma rocha no meio do caminho. Fabiana olha pela última vez o espelho sujo No banheiro inacabado do seu barraco. Tomou a caixa de remédios de pressão da sua avó Após receber um Não da dona do emprego e da grana. Loira e amarelada que mora na Pituba.
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Vida

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